domingo, outubro 29, 2006

Existem coisas que me espantam por completo!

Existem coisas nesta nossa vida que me espantam por completo, reparei eu na sexta feira, que apesar da semana "brutal" que estava a ter :-( (ou nao!) que tinham creditado na conta um valor vindo da conta do trabalho! Eu sou daqueles que recebe por sms a avisar do crédito de algo vinda da conta do trabalho! Ora até aqui tudo bem, mas como já sabia que ja tinha recebido o ordenado alguma coisa não estava aqui bem, pois então fui ao homebaking e .... não é que me creditaram 16 centimos!!! Já viram?! Quer dizer uma transferência inter-bancária custa 50 centimos e eles fazem-me uma transferência de 16 centimos?! Epa por favor... quer dizer... dinheiro é dinheiro não é? Mas 16 centimos? Epa....


Mais não digo!

O cartão de visita

Lembram-se daquela reunião de acionistas que eu ia ter? [aqui].

Pois há uma coisa que me faz confusão nessas reuniões de acionistas, ou melhor, entre acionistas. Acho que é uma espécie de ritual quase tribal de auto-afirmação. Decerto já todos repararam que quando há uma reunião em que se encontram pessoas de duas ou mais empresas, ou pessoas que não se conhecem no mundo dos negócios, os 1os 5 minutos, são usados para a troca de cartões de visita. E não se pense que é de uma forma qualquer. A empresa que visita, ou a pessoa visitante, ou numa linguagem mais futeboleira, joga fora, é a 1ª a entrgar os seus cartões. Quem recebe olha, analisa a textura, lê o que está escrito, daí ser importante que a função que a pessoa vai representar por muito irrelevante que seja esteja descrita de forma pomposa. Por exemplo. Um responsável pelas operações bolsistas de um qualquer banco, será apresentado como, "Market Operacional Analisys Specialist". De seguida é quem está a receber que entrega os seus cartões e o ritual prossegue. Só passadas estas formalidades é que a reunião pode efectivamente começar apesar de se correr o risco de alguém vir atrasado. Sim , que o atrasado nestas situações tem uma agravante especial, pois como não participou no ritual inicial terá de preceder á distribuição de cartões interrompendo assim o que quer que fosse que se estava a tratar, mas evidentemente que o cartão tem prioridade.

O problema maior põe-se no entanto quando um dos participantes da reunião não tem cartões para distribuir, por acaso a mim aconteceu-me isso. Não poucas vezes já ouvi e dei a desculpa, "pensava que os tinha posto aqui" ou "querem ver que me esqueci dos cartões de visita". Esta situação apesar de atenuar um pouco o embaraço da situação não o resolve de todo. Qualquer pessoa que não tenha cartões para distribuir fica diminuido na sua "autoridade" mesmo antes de começar a falar. Recebe a cada intervenção aquele olhar do, "mas quem és tu?". Esta situação é particularmente embaraçosa quando vamos para defender uma posição complicada. Se for esse o caso o melhor mesmo é rendermo-nos e tentar negociar as condições de rendição da melhor forma possível.

É esta a nossa vida!

quinta-feira, outubro 26, 2006

Mais um para a estatistica...

Decidi por volta das 07H43, de hoje, dar uma ajuda na estatistica dos acidentes na estrada. É verdade bati, o meu carro (Honda Jazz) ficou com a frente do lado direito muito danificada e o outro ficou com a traseira do lado esquerdo. Isto são daqueles coisas que, pelo que me disse o Sr. do Reboque, já estava no destino a hora marcada para acontecer, mas uma coisa é certa tinha de ser logo hoje essa "marcação"? E ainda por cima, foi logo hoje que para fugir ao transito já normal (Sintra-Lisboa) que decidi ir por outro caminho, ando à 3 meses a fazer todos os dias o mesmo caminho, porque é que hoje tinha de fazer outro? O que me passou pela cabeça?
Sabem que mais, estou danado e revoltado, não por ter estragado o carro, mas por saber que a culpa não foi minha, por a Srª do outro carro ter dito "Pois eu travei de repente porque o carro da frente estava a ver o outro acidente e também travou", mas quando veio a GNR, a história já foi outra! Já viram bem a honestidade destes "Urbanitas"?
A essa Srª só lhe disse "No final somos todos julgados da mesma maneira, e o não contar a verdade nesta situação aqui à GNR, vai fazer com que fique com muitos pontos negativos" ela fez-se que não percebeu, e conforme já tinha sido brifada pelo marido afirmou, "O que conto é verdade eu ia a andar normalmente e o senhor é que me bateu". Não quiz mais conversa!
Este é o meu segundo acidente este ano, tenho em ideia que a Liberty Europeia não me vai querer fazer mais seguros...

Já viram o quanto a verdade pode ser diferente dos factos e das ocorrências, será que estamos num país que não interessa o "próximo" e a "verdade das coisas" e só pensamos em nós e mais nada?

AIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII SÓ ME APETECE GRITAR E DIZER "P***A QUE PARIU PARA ESTE PAÍS DE OPORTUNISTAS"

Vamos ver no que dá agora, já sei... deixem ver, vou ver culpado bati por trás! Ainda bem....

quarta-feira, outubro 25, 2006

"Com a breca o que se passou não lembra ao careca!"

Fazendo referência a uma frase de um anuncio da "Sociedade Ponto Verde", com a breca o que se passou, com este blog, não lembra ao careca!

Pois é amigos, isto val de mal a pior, mesmo após ter descoberto as dificuldades [aqui] para escrever sobre a verdade tomei consciência de que na realidade isto não era bem o que parecia ser, ou seja, mesmo sabendo o problema não quer dizer que tivesse soluções.
Ao recordar antigos posts reparei que este Blog em vez de dar respostas só fazia era mais perguntas:
- Será esta mais uma sociedade controladora da verdade? [retirado daqui]
- Será esta uma sociedade de valores simples ou simples valores? [retirado daqui]
- Será que precisamos de ter uma posição social para entrar em determinados lugares? [retirado daqui]
- Será que ao não termos uma vida de aparência muitas portas se fecham? [retirado daqui]
- Será que estamos num país em que tem de ser tudo à base dos conhecimentos de leis para reclamações e da posição social que ocupamos? [retirado daqui]
Agora digam-me ficaram a perceber? Conseguiram responder a todas as minhas perguntas?

Aiiiiii lá estou eu outra vez... perguntas e mais perguntas e respostas?


terça-feira, outubro 24, 2006

Sinfonia Opus Zero

Foi através de um dos meus Blogs preferidos (Dias Uteis) que encontei este Blog que é feito por ex-membros da Opus Dei. O Blog trata de como é uma vida dentro de uma sociedade aparte da nossa sociedade, qual será a verdade que esconde esta secreta sociedade? Digo secreta na medida em que não sabemos quem são todos os membros desta sociedade, sabemos que (de acordo com o blog) todos eles estão colocados em altos cargos dentro do nosso sistema público e privado.

Mais uma vez, apesar do Blog ter um contexto não muito acessivel em termos de linguagem dos leigos, vale bem a pena passar por lá e no meio daquela imensidão de textos encontrar aquele que mais se identifica com as suas dúvidas.
Será esta mais uma sociedade controladora da verdade?

Fica aqui um pequeno excerto do Blog:
"Este é um blogue destinado a ser tocado por vários instrumentos, concertados por um mesmo desígnio: A Liberdade dos Filhos de Deus. O Leit-Motiv é o facto de termos sido membros ou cooperadores do Opus Deis."

Editado a 31OUT06 - Por lapso não ficou aqui inserido o link para este blog denominado "Sinfonia Opus Zero"

Será esta uma sociedade de valores simples ou simples valores?

Amigos deparei-me agora mesmo com um video clip de uma musica dos "Sick Puppies" que achei por bem colocar aqui para que todos o possam ver.


Após terem visto isto, que me dizem "Será esta uma sociedade de valores simples ou simples valores?"

segunda-feira, outubro 23, 2006

Os custos de uma vida de aparências...

Pois é amigos bloguistas, muitos de voçes não sabem mas eu sou um "jogador" da Bolsa, mais propriamente o EuroNext, acontece que adquiri à coisa de 1 ano 481 acções da Papelaria Fernandes. Bem, quanto não foi o meu espanto hoje, quando recebi um telefonema do MillenniumBCP - Lisboa a dar-me conhecimento de uma reunião de acionistas num dia que por motivos lógicos não posso divulgar :-D (Queriam não queriam?) Pois bem, eu já fui uma vez a uma "coisa" dessas ao Centro de Congressos do Casino Estoril, na altura lembro-me que fui bem vestido à "desportiva", calças de ganga com uma camisa e pronto, não sei se estão a ver bem ... eu lá no meio daqueles todos, era o chamado " o verdadeiro", coisas da vida jovem! Mas não é por causa do passado que faço esta entrada no meu blog, é mais porque tomei a decisão não ir em armado "o verdadeiro" de novo, portanto fui a uma das muitas lojas de roupas de uma cadeia muito conhecida (MODALFA!!!) e disse literalmente "Quero que me vista da cabeça aos pés!" qual não foi a admiração da Srª que lá estava mas que prontamente respondeu "Roupa interior e meias também?" eheh só mesmo isso para desanubiar o ambiente. Bem longa história feita curta. Os custas de uma vida de aparências não foram os melhores:

Blazer BBZ 59,90
Calça CH S/PREG 24,90
Cinto 4,99
Camisa VAIELA FANT 19,90
Sapato PALA 34,90
Total: 144,80 EUROS

Ora a bem dizer se a reunião correr da melhor maneira posso considerar isto um investimento, se correr mal lá fico com umas roupitas para ir à missa!
Em suma, será esta a nossa mentira para uma verdade tão escondida? Será que precisamos de ter uma posição social para entrar em determinados lugares? Será que ao não termos uma vida de aparência muitas portas se fecham? Será que foi a isto que a nossa sociedade chegou?

Aqui ficam muitas perguntas para dar em breve algumas respostas!

domingo, outubro 22, 2006

"Quo Vadis Portugal"

Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade de recém-nascidos do mundo, melhor que a média da União Europeia.
Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores. Mas onde outra é líder mundial na produção de feltros para chapéus.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende para mais de meia centena de mercados. E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.
Eu conheço um país que inventou um sistema biométrico de pagamentos nas bombas de gasolina e uma bilha de gás muito leve que já ganhou vários prémios internacionais. E que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, onde se fazem operações que não é possível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos. Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros).
Eu conheço um país que está avançadíssimo na investigação da produção de energia através das ondas do mar. E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática.
Eu conheço um país que tem um conjunto de empresas que desenvolveram sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas.
Eu conheço um país que conta com várias empresas a trabalhar para a NASA ou para outros clientes internacionais com o mesmo grau de exigência. Ou que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas. Ou que vai lançar um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial. Ou que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça. Ou que produz um vinho que "bateu" em duas provas vários dos melhores vinhos espanhóis. E que conta já com um núcleo de várias empresas a trabalhar para a Agência Espacial Europeia. Ou que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamentos de cartões pré-pagos para telemóveis. E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pouco por todo o mundo.

Possivelmente, não reconhece neste País aquele em que vive ­Portugal. Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses. Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte d'Oiro, Active Space Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Space Services. E, obviamente, Portugal Telecom Inovação. Mas também dos grupos Pestana, Vila Galé, Porto Bay, BES Turismo e Amorim Turismo.

E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País, mas dirigidas por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos obtêm grande sucesso junto das casas mãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (que desenvolveu em Portugal um sistema em tempo real que permite saber quantas refeições e de que tipo são vendidas em cada estabelecimento da cadeia norte-americana).

É este o País em que também vivemos. É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamente sempre na cauda da Europa, sempre com péssimos índices na educação, e com problemas na saúde, no ambiente, etc. Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que não acompanhou o progresso. Do que se atrasou em relação à média europeia.

Está na altura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos ­ e não invariavelmente o que não corre bem, acompanhado por uma fotografia de uma velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia de palha. E ao mostrarmos ao mundo os nossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo-nos também na situação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar o que de bom se tem feito.

Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados, porque não hão-de os bons serem também seguidos?

Nicolau santos, Director ­ adjunto do Jornal Expresso In Revista Exportar

domingo, outubro 15, 2006

Reclamar, um meio de existir e exigir! Infelizmente....

Boa noite amigos, escrevo esta minha entrada no blog directamente do Intercidades 524 (BRAGA-LISBOA).
O que se passou foi o seguinte:

No dia 31 de Setembro verifiquei que a Cabovisão, S.A. e o seu serviço Netvisao haviam lançado novos pacotes de ligação, com velocidades superiores à minha, e com uma prestação mais barata 10Euros, ora como para barato e melhor todos muda-mos, assim fiz, convem explicar que no meu plano actual tinha 1MB e 20GB. Pois bem, fiz a mudança para o novo Pacote MAX 2MB + opção 3 (trinta minutos grátis para telemóveis), acontece que durante essa mudança a Srª que me atendeu no Apoio a Clientes esqueceu-se de dizer que em vez de 20GB iria passar para 10GB! Por amor de Deus 10GB?! Isso dá para que com uma ligação de 2MB? Mas tudo bem, isso eu perdoei, o que se passou a seguir é que foi muito mau.

Pois bem, qual o meu espanto já dia 04 de Outubro que verifiquei que na realidade a minha ligação não dava mais de 980kbps (nem 1MB) e os meus limites já tinham sido alterados. Após vários contactos via e-mail com o Apoio a Clientes, e após me terem dito primeiro que o problema estava resolvido (e não estava), e mais tarde que afinal já não havia problema nenhum nem nunca tinha havido! Acreditam nisto? Tudo bem, como já não ia por meio “diplomáticos” fui por meios legais, e enviei uma carta, podem fazer download da mesma aqui: (http://clientes.netvisao.pt/jcfigueira/reclamacao.rar).

Reparei então, depois do envio da carta, que a velocidade já se aproximava muito do prometido por eles! Será que estamos num país em que tem de ser tudo à base dos conhecimentos de leis para reclamações e da posição social que ocupamos? Por favor, estamos aonde?

E mais não digo!

quarta-feira, outubro 11, 2006

"O CÓDIGO DE NOSTRADAMUS"

Este é o título do meu novo livro, chegou hoje pelo correio e digo-vos que foi muito complicado arranjar, visto ser um livro datado de 2001!
Já o tinha pedido à editora à coisa de 2 semanas, vou começar agora a lê-lo e tentar perceber um pouco desta verdade futuristica que Michel de Nostredame (ou mais conhecido por Nostradamus) refere no seu livro de centúrias, aqueles já tão conhecidos versos codificados que seriam previsões do futuro.
Por enquanto fiquem com a Sinopse do livro, pode ser que queiram-me dar uma ajuda a colocar aqui algumas verdades neste blog:

"Esta nova tradução das profecias de Nostradamus é a primeira a descodificar inteiramente o seu simbolismo oculto. Fortemente polémico, ele não deixa de ser o mais destacado vidente da história ocidental e é por isso surpreendente que nunca os seus sistemas de codificação da linguagem tenham sido analisados com precisão. O autor desta cativante obra, um professor universitário com uma pós-graduação em estudos sobre a influência do pensamento hermético na literatura tardo-medieval, detentor de profundos conhecimentos de astrologia, revela-nos nestas páginas as técnicas que Nostradamus utilizou na elaboração das suas quadras. O objectivo deste livro é explorar estas técnicas arcanas e oferecer um método a partir do qual as profecias de Nostradamus possam ser interpretadas, pela primeira vez, de forma rigorosa. David Ovason demonstra-nos que não só as profecias são espantosamente diferentes daquilo que anteriormente se julgava significarem, ms que o sistema de datação utilizado pelo Profeta, com base numa astrologia esotérica hoje quase perdida, permite confirmar os dados com grande rigor, recorrendo a simples buscas por computador. Mais de uma centena de profecias feitas por Nostradamus são examinadas nestas páginas, desde o século XVI até ao século XX e mesmo para além deste. Muitas vezes tem-se o mágico sentimento que o Profeta presenciou realmente os acontecimentos que prevê, outras, é como se ele jogasse connosco um jogo, deixando-nos perante a opacidade daquilo que intencionalmente quis ocultar. Em suma, o leitor encontrará neste livro a chave de muitos mistérios da nossa história, ainda hoje por descodificar." in Editorial Presença

sexta-feira, outubro 06, 2006

A vergonha do nosso País!

Pois é meus amigos, a verdade começa exatamente em afirmar que neste nosso país capitalista e consumista, uns são e serão sempre mais que os outros, passo a explicar uma carta que um colega meu recebeu à semanas:

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer corar de vergonha os administradores - principescamente pagos - daquela instituição bancária.

A carta da CGD começa, como mandam as boas regras de marketing, por reafirmar o empenho do Banco em «oferecer aos seus clientes as melhores condições de preço/qualidade em toda a gama de prestação de serviços», incluindo no que respeita «a despesas de manutenção nas contas à ordem».
As palavras de circunstância não chegam sequer a suscitar qualquer tipo de ilusões, dado que após novo parágrafo sobre «racionalização e eficiência da gestão de contas», o «estimado/a cliente» é confrontado com a informação de que, para «continuar a usufruir da isenção da comissão de despesas de manutenção», terá de ter em cada trimestre um «saldo médio superior a EUR 1000, ter crédito de vencimento ou ter aplicações financeiras» associadas à respectiva conta.

Ora sucede que muitas contas da CGD, designadamente de pensionistas e reformados, são abertas por imposição legal. É o caso, por exemplo, de um reformado por invalidez e quase septuagenário, que sobrevive com uma pensão de EUR 343,45 - que para ter direito ao piedoso subsídio de EUR 3,57 (três euros e cinquenta e sete cêntimos!) foi forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da Segurança Social.

Como se compreende, casos como este - e muitos são os portugueses que vivem abaixo ou no limiar da pobreza - não podem, de todo, preencher os requisitos impostos pela CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar «despesas de manutenção» de uma conta que foram constrangidos a abrir para acolher a sua miséria.

O mais escandaloso é que seja justamente uma instituição bancária que ano após ano apresenta lucros fabulosos e que aposenta os seus administradores, mesmo quando efémeros, com «obscenas» pensões (para citar Bagão Félix), a vir exigir a quem mal consegue sobreviver que contribua para engordar os seus lautos proventos. É sem dúvida uma sordície vergonhosa, mas as palavras sabem a pouco quando se trata de denunciar tamanha indignidade.

Esta é a face brutal do capitalismo selvagem que nos servem sob a capa da democracia, em que até a esmola paga taxa.

Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer resquício de decência, com o único objectivo de acumular mais e mais lucros, eis os administradores de sucesso a quem se aplicam como uma luva as palavras sempre actuais dos «Vampiros» de Zeca Afonso: «Eles comem tudo/eles comem tudo/eles comem tudo e não deixam nada.»

segunda-feira, outubro 02, 2006

"Uma verdade inconveniente"

Cumprindo a promesa que fiz [aqui] levo-vos a ficar com a minha ideia do filme que estreou no nosso Portugal."Uma Verdade Inconveniente" é um documentário de 90 minutos, um apelo urgente, mas também optimista, através do qual o realizador, Davis Guggenheim, tenta alertar as consciências dos cidadãos e da classe política para os perigos do aquecimento global e para a diminuição das reservas de água do planeta.

Tomando como fio condutor as conferências que Al Gore tem dado sobre o assunto, desde a sua derrota presidencial, o cineasta decidiu levar esta mensagem mais longe e a mais pessoas.
Sempre com uma postura de estado, e sempre com um guião muito bem preparado, não hesita em começar o seu discurso com declarações esclarecedoras: "Fui o próximo presidente dos EUA". Logo em seguida garante que não pretende voltar a candidatar-se, preferindo abraçar esta questão pedagógica, em prol de um futuro melhor para as novas gerações. Com uma serenidade extraordinária e com facilidade em criar empatia com o público, o ex-candidato desenha um cenário possível, em tudo semelhante ao apocalipse. Defende que, se não houver uma mudança radical na gestão dos recursos e na produção de gás carbónico, em menos de uma década o nosso planeta entrará numa dinâmica catastrófica. O degelo dos pólos, a alteração dos ciclos climáticos, com o eclodir de perturbações meteorológicas extremas, como secas severas, inundações gigantes ou vagas de calor mortais, e a propagação de epidemias são apenas algumas das consequências.
Apesar disso, Gore mantém-se "optimista". Ainda estamos a tempo, acredita, de salvar o planeta. Mas, para que tal seja possível, todos temos que incorporar práticas simples no dia-a-dia - como separar o lixo, utilizar mais os transportes públicos, reduzir o consumo de água quente, regular os termóstatos, plantar árvores... - e sobretudo é necessário que a classe política reveja as suas opções. As grandes tarefas dependem sobretudo dos dirigentes políticos e devem ser adoptadas à escala mundial, defende. Al Gore continua a acreditar que a vontade política também é uma energia renovável.

Um aspecto que achei curioso foi um dos cartoons que Gore exibe quanto mostra um mapa sobre a percentagem do aquecimento global, é na realidade de um episódio que passa na FOX, Futurama - "Crimes of the Hot.", aonde ele mesmo, Al Gore, é um dos protagonistas e afirma ser o inventor do ambiente e do balanço ambiental na Terra.

Em suma, este filme é um documentário como muitos outros sobre algo que teimamos em não acreditar, por mim é imperativo que o vejam, tendo em conta que esta matéria afecta todos nós!Por isto e por mais alguma coisa, fico por 7/10.

domingo, outubro 01, 2006

Ouvi dizer que existe uma chamada "Verdade Universal"?

Decidi então consultar os filósofos, folheei os seus livros (muitos deles versões on-line), examinei as suas diversas opiniões; achei-os todos orgulhosos, afirmativos, dog­máticos - mesmo no seu pretenso cepticismo -, não ignorando nada, não demonstrando nada, gozando uns com os outros; e esse ponto, que é comum a todos eles, pareceu-me ser o único em que todos concordavam. Triunfantes quando atacam, não têm vigor quando se defendem. Se examinares as suas razões, só as têm pa­ra destruir; se observares os seus caminhos, cada um está limitado ao seu; só se põem de acordo para discutir; prestar-lhes ouvidos não era o meio de me livrar da minha incerteza. Compreendi que a insuficiência do espírito humano é a pri­meira causa dessa prodigiosa diversidade de sentimentos, e que o orgulho é a segunda.

Mesmo que os filósofos tivessem a possibilidade de descobrir a verdade, qual, de entre eles, se interessaria por ela? Cada um de­les sabe muito bem que o seu sistema não tem mais fundamentos que os dos outros; mas sustenta-o, porque é seu. Não houve um único que, tendo chegado a distinguir o verdadeiro e o falso, não ti­vesse preferido a mentira que encontrou à verdade descoberta por outro. Onde se encontra o filósofo que, para defender a sua glória, não enganaria cientemente o género humano? Onde se encontra aquele que, no âmago do seu coração, tem outro propósito que não seja o de se distinguir? Contanto que se eleve acima do vulgar, con­tanto que apague o brilho dos seus concorrentes, que mais deseja ele? O essencial é pensar diferentemente dos outros. Para os cren­tes, é um ateu; para os ateus, seria um crente. Mas porque fui ver tentar ver se na realidade existia uma "Verdade Universal", acabei ficando com ainda mais dúvidas do que tinha quando comecei... Então digam-me sabem voçes responder as minhas perguntas? Por favor... se souberem mandem-me um e-mail!

Descobri esta coisa nova...

Pois é amigos, enquanto vou para Lisboa no meu já rotinoso ciclo de vida, descobri que o  blog também dá para postar por e-mail? Hummmm bem assim acho que vai tornar a minha postagem periódica mais fácil, tendo em conta que posso escrever, escrever, escrever e depois se gostar do que escrevi, ENVIO!
 
Bem um abraço para voçes e continuarei a tentar "Confiar na verdade"